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06.06.2013 - 15h00
Vila mariante parou para acompanhar a simulação da defesa civil, com apoio do rotary chimarrão
Atenção moradores de Mariante, isto é um simulado. Auxiliem a Defesa Civil. O chamado feito domingo pela manhã por um carro de som teve o respaldo de parte da comunidade. Mais de 400 pessoas participaram do treinamento que simulou situações de risco, tanto na terra quanto na água. A ação durou toda a manhã.
Vila Mariante foi escolhida por ser o local mais atingido pelas enchentes, que acontecem anualmente. A população, na Vila, oscila em torno das 2 mil pessoas.
Coordenado pela Defesa Civil de Venâncio Aires, o treinamento tinha a intenção de corrigir eventuais erros e ver o tempo de resposta que é possível dar em uma situação de catástrofe natural. Um Quartel General (QG) foi montado junto à Escola Estadual de Ensino Médio Mariante. Membros do Grupo de Escoteiros Arés, do Rotary Clube Chimarrão, Rotaract Club Venâncio Aires, Polícia Civil e das Secretaria de Desenvolvimento Social, Educação, Saúde e Vigilância Sanitária, além de voluntários, ficaram no pátio, dentro do prédio e do ginásio da escola auxiliando a DC.
A simulação se iniciou às 9h. O Departamento de Trânsito já havia deixado o fluxo de veículos em mão única, quando o carro de som fez o chamado para que as pessoas se cadastrassem. Filas se formaram para que a DC soubesse o número de pessoas que precisava de auxílio. Ao todo, 316 se cadastraram.
Quem também se dirigiu à escola Mariante foi a aposentada Leda da Costa Santos. Aos 81 anos, mostrou vigor para colaborar com a DC. Moradora da localidade há 65 anos, explicou que sua casa nunca foi atingida pelas cheias do rio Taquari. “Mas já vi muita enchente feia aqui”, revelou.
Na sua análise, o treinamento é importante para que as pessoas saibam o que fazer em situações de perigo. Para a aposentada, o simulado já deveria ter sido feito. “Isso é uma maravilha”, sentenciou.
Quatro ações foram realizadas. A primeira, a retirada de móveis de uma casa, na localidade de Santa Mônica, um dos primeiros pontos atingidos pela enchente do Taquari. Funcionários da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp) usaram uma retroescavadeira e um caminhão no trabalho. Na mesma localidade foi simulado o resgate de um deficiente visual.
De volta à base, o coordenador da DC, Ciro Fernandes, deu andamento à terceira ação. Homens do Corpo de Bombeiros entraram na água do Taquari para resgatar um pescador que tinha ficado à deriva com seu barco. O pescador estava com hipotermina e todos os procedimentos foram adotados pelos bombeiros.
Depois de usados os recursos disponíveis - como a colocação de uma manta térmica e colete salva-vidas, a vítima foi levada até uma ambulância para receber o atendimento necessário. Esta ação teve a participação de membros da Colônia de Pescadores de Venâncio Aires (Copeva).
A quarta e última ação foi a simulação de uma pessoa eletrocutada. Centenas de pessoas acompanharam o atendimento à situação, que contou com a participação de profissionais da AES Sul e do Corpo de Bombeiros. A vítima recebeu os primeiros socorros, foi colocada na maca e levada até a viatura-resgate dos bombeiros.
Para Fernandes, a simulação atingiu os objetivos traçados. "Tudo foi perfeito", disse. Ele agradeceu a resposta da comunidade, destacando que foi além do esperado. Fernandes também agradeceu as pessoas e entidades que colaboraram no simulado, principalmente aos membros do Grupo de Escoteiros Arés. "Fiquei impressionado com a organização deles."
Membros da DC Regional e Estadual, assim como técnicos da Cruz Vermelha, estiveram em Mariante. A Brigada Militar, assim como a ONG Amigo Bicho, também participou do simulado. Uma equipe instalou uma central com radioamador para auxiliar no trabalho de comunicação.
Segundo a secretária executiva da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil, Eloísa Pacheco, 428 pessoas participaram das atividades. Além dela e de Fernandes, a equipe da DC Municipal é composta pela assistente social e vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira, e pelo secretário da Sisp, Ronald Artus.